13
janeiroLudwig von Meeting 2021 celebra formatura da T4 da Pós-Graduação
No dia 18 de dezembro de 2021 o Instituto Mises Brasil promoveu o evento Ludwig von Meeting, que celebra a formatura de mais uma turma de Pós-Graduação do Instituto. “Ninguém solta a Mão Invisível" é o nome da quarta turma, escolhido pelos próprios 17 formandos.
O evento contou com as participações dos professores: Helio Beltrão – Presidente do Instituto Mises Brasil, Adriano Paranaiba – Diretor Acadêmico, Rodrigo Saraiva – Conselheiro e professor homenageado, Dennys Xavier – Paraninfo, e Fernando Ulrich – Conselheiro e palestrante do Evento.
No evento, realizado no WTC, em São Paulo, foram dadas às boas-vindas a Rodrigo Andolfato como membro do Clube Mises, o clube de doadores entusiastas do Mises Brasil.
Também ocorreu o lançamento da Edição Especial da Revista Mises, em comemoração aos 150 anos de Escola Austríaca.
Leia a seguir a íntegra do discurso do orador da turma, Leonardo Satt:
Há uns 20 ou 30 anos, dava para colocar todos os defensores da liberdade dentro duma Kombi. Melhorou muito de um tempo para cá, mas ainda somos poucos. Por nunca termos vivido em um mundo completamente livre, acreditamos que as sombras da caverna de Platão são reais. A cultura estatal coletivista ainda está enraizada na mente das pessoas. É muito difícil, pra maioria das pessoas, aceitar que tudo, ou quase tudo, que ela sempre acreditou tá errado. Muitos são do bem, que realmente tem boas intenções em fazer um mundo melhor, mas erram no caminho, não por má fé, mas por falta de conhecimento. Nosso objetivo aqui é abrir os olhos dessas pessoas.
Muitos deles falam em reduzir a desigualdade social. Sabemos que parte desses, na verdade, não é pela pena dos pobres, mas pela inveja dos ricos. Não vamos nos ater a esses ungidos. Vamos falar daqueles que realmente tem boas intenções. O mundo real é feito de ações, e não de intenções. Ações humanas certas, podem dar certo ou errado. Mas ações erradas, com certeza vão dar errado. A estrada pro inferno está pavimentada de boas intenções. O grande sofrimento do ser humano está em não aceitar os fatos como eles se apresentam. Se o controle que temos do futuro da nossa própria vida é muito baixo, é uma arrogância fatal achar que meia dúzia de burocratas podem planejar o futuro de uma população inteira. A única forma de se impor isso é pelo caminho da servidão. O Estado é o grande causador da desigualdade social e manutenção da pobreza, pois é ele que impede o livre comércio de se desenvolver. Nas palavras do Hoppe, “o estado é uma espécie de bengala para os que teimam em crer em mentiras bem contadas”.
Seria maravilhoso alguém dizer: vamos acabar com a pobreza, e ... puf.... a pobreza acaba. Ou então, vamos imprimir dinheiro e dar aos pobres (se bem que o pessoal tem feito isso há um bom tempo e a gente tá vendo o que está acontecendo). Mas não funciona assim. As “boas” intenções da ajuda estatal durante a pandemia causaram essa inflação mundial que estamos vivendo hoje, deixando os cantilionários mais ricos e a gente mais pobre. Todas as crises do século XX e XXI foram causadas pelas “boas” intenções do estado. E todas as tragédias (Nazismo, Fascismos, Comunismo, 1a guerra, 2a guerra) foram viabilizadas pela existência do Banco Central. A inflação causada, única e exclusivamente, pelo detentor da impressora transfere o dinheiro dos pobres para os ricos. O padrão fiduciário que vivemos hoje aumenta a preferência temporal das pessoas, fazendo com que vivam unicamente para o presente e se preocupem cada vez menos com o futuro. Acabar com o banco central não é uma questão econômica apenas, é uma questão moral. Bitcoin fixes this.
É engraçado que as pessoas nos EUA não falam WIN MONEY, lá eles falam MAKE MONEY. Porque riqueza não se ganha, não se distribui. Riqueza se cria. Quer ganhar dinheiro? Vai jogar bingo.
Mas aqui, infelizmente, isso não é consenso. A grande maioria da população acha que precisamos dividir o bolo existente. Dizem que para um ganhar, outro precisa perder. NÃO. A riqueza vem da poupança, investimento e produção, e não do consumo forçado. O preço é o feromônio da humanidade. Fixar um preço é censurar a rede social mais antiga que existe. O valor de um produto não é absoluto, e sim, pessoal, subjetivo e depende de vários fatores. Numa transação comercial, tanto o vendedor quanto o comprador saem ganhando. É por isso que quando eu compro alguma coisa, eu falo OBRIGADO, e o vendedor diz, EU QUE AGRADEÇO.
Mas há um terceiro personagem dessa transação, que não estava presente, que não participou da troca, que não ajudou o comprador, que não ajudou o vendedor, que não fez porra nenhuma, mas que vai ameaçar de agressão, prisão ou morte caso não receba algum dimdim.
Mas .... se não fosse pelo estado, quem construiria as estradas? O estado não produz nada, pessoas produzem. Se o dinheiro não for pros cofres do governo, com certeza terá uma aplicação melhor e mais eficiente. O que se vê é a rodovia trasnamazônica, e o que não se vê são as milhares de pessoas que deixaram de ir no cinema, deixaram de comprar um carro novo, deixaram de montar uma hamburgueria. Os gastos do governo entram como uma parcela no cálculo do PIB, mas, se o governo não roubasse a população através dos impostos, esse dinheiro seria muito melhor gasto pelas famílias. É por isso que, em vez de entrar somando, os gastos do governo deveriam subtrair do PIB.
Imposto é roubo. Ponto. Mas não é roubo porque não retorna ao bolso do cidadão. Seria o mesmo que falar mal do ladrão porque ele roubou o seu carro e não te deu uma carona depois. É roubo porque é coercitivo. E pra piorar, todo esse dinheiro roubado é roubado de novo depois pela corrupção. Ou seja, imposto é roubo na Dinamarca, na Suécia. Aqui no Brasil, é crime hediondo triplamente qualificado.
Todos aqui concordam com isso, a discordância está em COMO reduzir ou acabar com esses absurdos. Uns são agoristas, outros mais graduais. Tem uma frase do Ronald Regan que diz: se alguém discorda 20% de você, essa pessoa não é 20% sua inimiga, mas 80% sua amiga. Ou seja, nunca vamos encontrar alguém que pense 100% igual a nós, e é isso que nos torna indivíduos não coletivistas, capazes de formular ideias, levantar hipóteses, e discutir racionalmente. O ponto central aqui é a defesa da liberdade.
Milton Friedman defendia moeda fiduciária;
Luis de Molina defendia reservas fracionárias;
Paulo Guedes defende imposto sobre dividendo e renda mínima;
Adam Smith criou o valor-trabalho.
Será que realmente podemos dizer que: you are all bunch of socialists?
Um dos objetivos dessa pós é formar ACADÊMICOS, POLÍTICOS e EMPREENDEDORES.
ACADÊMICOS, pra divulgar as ideias da liberdade, passar pra essa nova geração que está chegando. E já temos colegas da turma hoje, professores, que estão fazendo isso. E a galera é tão foda que vários colegas aqui tiveram seus trabalhos selecionados pelo Mises Institute do Alabama, EUA, para fazer a apresentação lá.
POLÍTICOS, pra implementar as ideias da liberdade e reduzir o tamanho do estado. Tanto esses, quanto os funcionários públicos que estão aqui hoje também, e que conhecem muito bem as entranhas do leviatã. E parece que tá dando certo, pois eles já mostraram, na prática, que o mais importante não é fazer leis, e sim, revogá-las, e impedir que leis estúpidas positivadas sejam criadas (desculpa o pleonasmo).
E EMPREENDEDORES, e nessa eu me incluo, pra mostrar que essas ideias de liberdade funcionam, simplesmente tendo lucro nas suas empresas. Claro, lucro sem ajuda estatal, sem capitalismo de laços, sem benefício em detrimento do concorrente através da coerção. Nós amamos o lucro porque o lucro nada mais é do que o prêmio que o empresário recebe pelo melhor aproveitamento dos recursos escassos da natureza. Todo o resto é consequência. A invenção de um motor de combustão interna com metade do consumo tem o mesmo efeito econômico que duplicar todas as reservas de petróleo do planeta. Se você quer um mundo melhor, faça sua empresa dar lucro. É o exemplo do avião despressurizado. O que que a comissária diz antes do avião decolar: “Em caso de emergência, máscaras de oxigênio cairão a sua frente. Coloque-as primeiro em VOCÊ e depois na pessoa ao seu lado.”. Ou seja, se você não se cuidar, você não pode cuidar do outro. Se você quer melhorar o mundo, comece melhorando primeiro a si próprio. Se você quer concertar o mundo, arrume a sua cama antes. “Ainn, mas eu não me preocupo com dinheiro, eu só quero ajudar as pessoas...”. Tá!! É mais fácil ajudar os outros sendo rico ou sendo pobre? Dinheiro é igual bebida, não muda o caráter da pessoa, só mostra quem ela realmente é. Aquilo que foi dito bêbado foi pensado sóbrio. Aquilo que foi feito por alguém que ficou rico, foi pensado enquanto ele ainda era pobre.
Chegamos aqui porque sabíamos que havia algo de errado com a sociedade em que vivemos. Nessa pós, pudemos montar o quebra cabeças das diversas peças aleatórias que fomos acumulando durante nossa caminhada pela liberdade. Tomamos a pílula vermelha e caímos na toca do coelho. A realidade é dura, mas é melhor defender o que é certo do que viver na bolha da ignorância, mesmo as vezes nos sentindo apenas uma andorinha tentando fazer verão.
Tem uma metáfora que mostra dois tipos de organizações: a do tipo aranha e a do tipo estrela do mar. A aranha é frágil, tem um controle central, a cabeça. Se ela perder uma perna, ela fica aleijada, mas se perder a cabeça, a organização inteira morre. Diferente da estrela do mar, que é anti-frágil. Se ela perder um braço, outro braço nasce no lugar. Não existe um controle central. Não existe uma pessoa mandando o que a outra deve fazer. Nosso movimento em prol da liberdade é como se fosse uma estrela do mar, descentralizado. Cabe a nós impedir que as visões distópicas de 1984 e Fahreinheit 451 transformem a nossa realidade num Admirável Mundo Novo. Querem enfiar na gente guela abaixo "o novo normal" (mal eles sabem que esse novo normal acontece todos os dias, já que o mercado é um processo e nunca tá em equilíbrio). Não temos que fazer uma revolução, pois revolução consiste na mudança completa do status quo. Se o caminho está correto, temos que conservar o que é bom, e continuar evoluindo em defesa da vida, da liberdade e da propriedade privada. As mudanças nunca ocorreram e nunca vão ocorrer de cima para baixo, apenas de baixo para cima, pois ideias, e somente ideias podem iluminar a escuridão.
O evento contou com as participações dos professores: Helio Beltrão – Presidente do Instituto Mises Brasil, Adriano Paranaiba – Diretor Acadêmico, Rodrigo Saraiva – Conselheiro e professor homenageado, Dennys Xavier – Paraninfo, e Fernando Ulrich – Conselheiro e palestrante do Evento.
No evento, realizado no WTC, em São Paulo, foram dadas às boas-vindas a Rodrigo Andolfato como membro do Clube Mises, o clube de doadores entusiastas do Mises Brasil.
Também ocorreu o lançamento da Edição Especial da Revista Mises, em comemoração aos 150 anos de Escola Austríaca.
Leia a seguir a íntegra do discurso do orador da turma, Leonardo Satt:
Há uns 20 ou 30 anos, dava para colocar todos os defensores da liberdade dentro duma Kombi. Melhorou muito de um tempo para cá, mas ainda somos poucos. Por nunca termos vivido em um mundo completamente livre, acreditamos que as sombras da caverna de Platão são reais. A cultura estatal coletivista ainda está enraizada na mente das pessoas. É muito difícil, pra maioria das pessoas, aceitar que tudo, ou quase tudo, que ela sempre acreditou tá errado. Muitos são do bem, que realmente tem boas intenções em fazer um mundo melhor, mas erram no caminho, não por má fé, mas por falta de conhecimento. Nosso objetivo aqui é abrir os olhos dessas pessoas.
Muitos deles falam em reduzir a desigualdade social. Sabemos que parte desses, na verdade, não é pela pena dos pobres, mas pela inveja dos ricos. Não vamos nos ater a esses ungidos. Vamos falar daqueles que realmente tem boas intenções. O mundo real é feito de ações, e não de intenções. Ações humanas certas, podem dar certo ou errado. Mas ações erradas, com certeza vão dar errado. A estrada pro inferno está pavimentada de boas intenções. O grande sofrimento do ser humano está em não aceitar os fatos como eles se apresentam. Se o controle que temos do futuro da nossa própria vida é muito baixo, é uma arrogância fatal achar que meia dúzia de burocratas podem planejar o futuro de uma população inteira. A única forma de se impor isso é pelo caminho da servidão. O Estado é o grande causador da desigualdade social e manutenção da pobreza, pois é ele que impede o livre comércio de se desenvolver. Nas palavras do Hoppe, “o estado é uma espécie de bengala para os que teimam em crer em mentiras bem contadas”.
Seria maravilhoso alguém dizer: vamos acabar com a pobreza, e ... puf.... a pobreza acaba. Ou então, vamos imprimir dinheiro e dar aos pobres (se bem que o pessoal tem feito isso há um bom tempo e a gente tá vendo o que está acontecendo). Mas não funciona assim. As “boas” intenções da ajuda estatal durante a pandemia causaram essa inflação mundial que estamos vivendo hoje, deixando os cantilionários mais ricos e a gente mais pobre. Todas as crises do século XX e XXI foram causadas pelas “boas” intenções do estado. E todas as tragédias (Nazismo, Fascismos, Comunismo, 1a guerra, 2a guerra) foram viabilizadas pela existência do Banco Central. A inflação causada, única e exclusivamente, pelo detentor da impressora transfere o dinheiro dos pobres para os ricos. O padrão fiduciário que vivemos hoje aumenta a preferência temporal das pessoas, fazendo com que vivam unicamente para o presente e se preocupem cada vez menos com o futuro. Acabar com o banco central não é uma questão econômica apenas, é uma questão moral. Bitcoin fixes this.
É engraçado que as pessoas nos EUA não falam WIN MONEY, lá eles falam MAKE MONEY. Porque riqueza não se ganha, não se distribui. Riqueza se cria. Quer ganhar dinheiro? Vai jogar bingo.
Mas aqui, infelizmente, isso não é consenso. A grande maioria da população acha que precisamos dividir o bolo existente. Dizem que para um ganhar, outro precisa perder. NÃO. A riqueza vem da poupança, investimento e produção, e não do consumo forçado. O preço é o feromônio da humanidade. Fixar um preço é censurar a rede social mais antiga que existe. O valor de um produto não é absoluto, e sim, pessoal, subjetivo e depende de vários fatores. Numa transação comercial, tanto o vendedor quanto o comprador saem ganhando. É por isso que quando eu compro alguma coisa, eu falo OBRIGADO, e o vendedor diz, EU QUE AGRADEÇO.
Mas há um terceiro personagem dessa transação, que não estava presente, que não participou da troca, que não ajudou o comprador, que não ajudou o vendedor, que não fez porra nenhuma, mas que vai ameaçar de agressão, prisão ou morte caso não receba algum dimdim.
Mas .... se não fosse pelo estado, quem construiria as estradas? O estado não produz nada, pessoas produzem. Se o dinheiro não for pros cofres do governo, com certeza terá uma aplicação melhor e mais eficiente. O que se vê é a rodovia trasnamazônica, e o que não se vê são as milhares de pessoas que deixaram de ir no cinema, deixaram de comprar um carro novo, deixaram de montar uma hamburgueria. Os gastos do governo entram como uma parcela no cálculo do PIB, mas, se o governo não roubasse a população através dos impostos, esse dinheiro seria muito melhor gasto pelas famílias. É por isso que, em vez de entrar somando, os gastos do governo deveriam subtrair do PIB.
Imposto é roubo. Ponto. Mas não é roubo porque não retorna ao bolso do cidadão. Seria o mesmo que falar mal do ladrão porque ele roubou o seu carro e não te deu uma carona depois. É roubo porque é coercitivo. E pra piorar, todo esse dinheiro roubado é roubado de novo depois pela corrupção. Ou seja, imposto é roubo na Dinamarca, na Suécia. Aqui no Brasil, é crime hediondo triplamente qualificado.
Todos aqui concordam com isso, a discordância está em COMO reduzir ou acabar com esses absurdos. Uns são agoristas, outros mais graduais. Tem uma frase do Ronald Regan que diz: se alguém discorda 20% de você, essa pessoa não é 20% sua inimiga, mas 80% sua amiga. Ou seja, nunca vamos encontrar alguém que pense 100% igual a nós, e é isso que nos torna indivíduos não coletivistas, capazes de formular ideias, levantar hipóteses, e discutir racionalmente. O ponto central aqui é a defesa da liberdade.
Milton Friedman defendia moeda fiduciária;
Luis de Molina defendia reservas fracionárias;
Paulo Guedes defende imposto sobre dividendo e renda mínima;
Adam Smith criou o valor-trabalho.
Será que realmente podemos dizer que: you are all bunch of socialists?
Um dos objetivos dessa pós é formar ACADÊMICOS, POLÍTICOS e EMPREENDEDORES.
ACADÊMICOS, pra divulgar as ideias da liberdade, passar pra essa nova geração que está chegando. E já temos colegas da turma hoje, professores, que estão fazendo isso. E a galera é tão foda que vários colegas aqui tiveram seus trabalhos selecionados pelo Mises Institute do Alabama, EUA, para fazer a apresentação lá.
POLÍTICOS, pra implementar as ideias da liberdade e reduzir o tamanho do estado. Tanto esses, quanto os funcionários públicos que estão aqui hoje também, e que conhecem muito bem as entranhas do leviatã. E parece que tá dando certo, pois eles já mostraram, na prática, que o mais importante não é fazer leis, e sim, revogá-las, e impedir que leis estúpidas positivadas sejam criadas (desculpa o pleonasmo).
E EMPREENDEDORES, e nessa eu me incluo, pra mostrar que essas ideias de liberdade funcionam, simplesmente tendo lucro nas suas empresas. Claro, lucro sem ajuda estatal, sem capitalismo de laços, sem benefício em detrimento do concorrente através da coerção. Nós amamos o lucro porque o lucro nada mais é do que o prêmio que o empresário recebe pelo melhor aproveitamento dos recursos escassos da natureza. Todo o resto é consequência. A invenção de um motor de combustão interna com metade do consumo tem o mesmo efeito econômico que duplicar todas as reservas de petróleo do planeta. Se você quer um mundo melhor, faça sua empresa dar lucro. É o exemplo do avião despressurizado. O que que a comissária diz antes do avião decolar: “Em caso de emergência, máscaras de oxigênio cairão a sua frente. Coloque-as primeiro em VOCÊ e depois na pessoa ao seu lado.”. Ou seja, se você não se cuidar, você não pode cuidar do outro. Se você quer melhorar o mundo, comece melhorando primeiro a si próprio. Se você quer concertar o mundo, arrume a sua cama antes. “Ainn, mas eu não me preocupo com dinheiro, eu só quero ajudar as pessoas...”. Tá!! É mais fácil ajudar os outros sendo rico ou sendo pobre? Dinheiro é igual bebida, não muda o caráter da pessoa, só mostra quem ela realmente é. Aquilo que foi dito bêbado foi pensado sóbrio. Aquilo que foi feito por alguém que ficou rico, foi pensado enquanto ele ainda era pobre.
Chegamos aqui porque sabíamos que havia algo de errado com a sociedade em que vivemos. Nessa pós, pudemos montar o quebra cabeças das diversas peças aleatórias que fomos acumulando durante nossa caminhada pela liberdade. Tomamos a pílula vermelha e caímos na toca do coelho. A realidade é dura, mas é melhor defender o que é certo do que viver na bolha da ignorância, mesmo as vezes nos sentindo apenas uma andorinha tentando fazer verão.
Tem uma metáfora que mostra dois tipos de organizações: a do tipo aranha e a do tipo estrela do mar. A aranha é frágil, tem um controle central, a cabeça. Se ela perder uma perna, ela fica aleijada, mas se perder a cabeça, a organização inteira morre. Diferente da estrela do mar, que é anti-frágil. Se ela perder um braço, outro braço nasce no lugar. Não existe um controle central. Não existe uma pessoa mandando o que a outra deve fazer. Nosso movimento em prol da liberdade é como se fosse uma estrela do mar, descentralizado. Cabe a nós impedir que as visões distópicas de 1984 e Fahreinheit 451 transformem a nossa realidade num Admirável Mundo Novo. Querem enfiar na gente guela abaixo "o novo normal" (mal eles sabem que esse novo normal acontece todos os dias, já que o mercado é um processo e nunca tá em equilíbrio). Não temos que fazer uma revolução, pois revolução consiste na mudança completa do status quo. Se o caminho está correto, temos que conservar o que é bom, e continuar evoluindo em defesa da vida, da liberdade e da propriedade privada. As mudanças nunca ocorreram e nunca vão ocorrer de cima para baixo, apenas de baixo para cima, pois ideias, e somente ideias podem iluminar a escuridão.
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